terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os cartões corporativos....

Bem, o assunto dos escândalos envolvendo os cartões corporativos do setor público é a bola da vez no item crise política brasileira de tempos em tempos. Parece inovação no lançamento de produtos de tecnologia: de semana em semana, uma novidade! rs

Dentro dos cernes da Administração Financeira, um dos seus principais papéis, se bem executado dentro das instituições, sejam elas privadas ou públicas, é garantir, entre outros muitos assuntos, o controle de recursos da empresa, avaliações e monitoramento de investimentos e um item que aqui quero destacar: utilizar como ferramenta gerencial para decisões sobre os eventos econômicos de responsabilidade dos gestores operacionais.

Ou seja, entra aí a responsabilidade dos executivos e comprometimento com as metas e objetivos planejados para gerenciar onde e como utilizar o dinheiro. Entra em ação também, o papel do departamento de controladoria, que tem função de checar se os orçamentos estão sendo cumpridos e monitoria ação por ação da utilização do crédito disponibilizado, desde a compra de um simples parafuso até bens como barcos e aviões.

Infelizmente, como estamos notando, tanto no cenário político, quanto no privado, pessoas não tão bem intencionadas comentem o deslize de utilizar uma oportunidade de demonstrar controle pleno na gestão de recursos, de forma ilícita ao que se foi proposto e delegado.

É, infelizmente, temos que nos preocupar muito com isso. Os mais antigos dizem: “o que engorda o boi são os olhos do dono”. Se fizermos uma comparação metafórica com uma torneira que pinga uma gota no intervalo de 5 segundos, representa mais de 20 litros de água desperdiçados em apenas um dia. Então amigos, a gestão e administração financeira tem que ser exercida com plena performance, para facilitar a descentralização dos processos, mas que depende da seleção de bons profissionais e políticas motivacionais eficazes.

Falamos em breve!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Será que o povo brasileiro sabe economizar?

Nesta semana de carnaval, um pensamento está fazendo parte do dia-a-dia, mas não encontro uma resposta concreta por mais que tente ver, ler e ouvir os especialistas econômicos e financeiros: o brasileiro sabe economizar?

Nos últimos 25 anos da economia brasileira vivemos dentro de uma nuvem turbulenta, que demonstrava um estado de recessão, ora mais leve, ora mais agressiva e nítida, de uma forma ou de outra, seja ocasionado por alta inflação, câmbio flutuante, taxa de juros com freio de demanda/investimentos, etc.

Pois bem, nestes últimos dois anos, vivemos um estado de estabilidade, oferta de crédito, emprego em alta, mais recurso disponível para investimentos (ainda mesmo que tenhamos uma das taxas de juros mais altas do mundo). Especialistas falando no crescimento sustentável, explosão no setor imobiliário, recorde de produção de automóveis, etc.

Aí novamente vem a pergunta: será que o brasileiro sabe economizar nesta onda de consumismo compulsivo que estamos vivendo? Será que dentro da renda familiar temos a preocupação de reservar uma parte dela para colocar em algum tipo de investimento, que pelo menos garanta a atualização monetária (melhor que guardar em baixo do colchão ou dentro do cofre)? Ou será que os R$ 50,00 ou R$ 100,00 que em uma eventual sobra nos comprometemos com um novo acessório para o carro, um celular novo, a prestação de um eletrodoméstico, um televisão, aquela viagem para a praia no carnaval com os amigos e/ou família e por aí vai?

Não estou propondo aqui o caos da muquirania, mas um pensamento coletivo que não temos formado, pois nunca fomos ou tivemos preocupados com isso, e muito disso porque muitos não tiveram condições para tal. O fato é que se assemelha muito ao passo que damos para criar um mundo ecologicamente melhor e reduzir os impactos que a humanidade está fazendo com a natureza. E, educação e didática para que as pessoas aprendam a gerir recursos, seja ecológico ou financeiro, pois temos que saber repor aquilo que retiramos, para que o ciclo de renovação possa ser realizado sem abalos na infra-estrutura.

Acredito em uma coisa: um processo coletivo, sempre começa por um solitário.

Falamos!