quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O furacão das bolsas nesse início de 2008...

Parece que a terra do tio Sam não representa abalos sísmicos apenas na promoção de suas guerras, ou na melhor das hipóteses em filmes holywodianos. Desde o ano passado a avalanche de insustentabilidade na quitação dos créditos imobiliários de risco moderado para alto, chamados de subprimes, tem tirado o sono de boa parte dos mercados financeiros mundiais. Esse é o reflexo de uma economia não tão sadia de uma das maiores potenciais mundiais.

Mas não devemos enxergar apenas esta situação, de forma micro. Vamos abrir, como se fosse no Google Earth, distanciando um pouco da nossa rua e visualizando o contorno do Brasil. A crise americana não está sozinha. Lembram no começo de 2007, quando a China balançou o mercado com a bolha que fora criada por possíveis empresas fantasmas? Lembram também que foram os bancos europeus que sinalizaram o início da crise do crédito imobiliário em julho de 2007? Pois bem, o mercado financeiro desde sua origem é especulativo. E isso o torna interessante.

Veja, quem acompanha diariamente a movimentação financeira tem feeling suficiente para saber a hora certa de vender e comprar as ações, saber quais deverão ser compradas e quais deverão ser vendidas. O momento de crise para muitos representa o momento de sucesso para outros, que se aproveitam do momento para comprar ações em baixa e depois de pouco tempo, pode acumular crescimentos de 15% a 200% em uma semana. É uma verdadeira montanha russa: alívio na subida, desespero na descida.

Tudo vale de acordo com o risco que queremos e podemos correr. Por isso, muitas empresas preferem e, acredito estar de forma correta, investir na produção de bens e serviços. Além de gerar riquezas sustentáveis, colabora para o desenvolvimento da sociedade, pois gera empregos, entre outras benfeitorias.

Ok, no cenário mundial estamos assim, mas como vai o Brasil? Eu diria, vai bem! Claro, poderíamos estar melhores. Vejam nos últimos 05 anos. Melhoramos!

Pelos números apresentados ao longo de 2007, que superou, e muito, o PIB previsto, chegando a bater 5,5% de crescimento em relação a 2006. Tudo bem que ainda é menor que outros países emergentes de 3° mundo, que batem na casa dos 8%, 9%, mas temos que levar em consideração algumas coisas, como: alta taxa de juros, política de impostos que oneram em mais de 37% o próprio resultado do PIB, má administração pública, etc.

E para 2008? Bom, este ano temos uma previsão de crescimento quase da mesma ordem do ano passado, mas os gargalos citados acima ainda são obstáculos pela frente e, mais, como uma possível contenção de gasto imposto pelo fim da CPMF (mesmo que o Governo já tenha redirecionado o incremento de outros impostos para manter a receita), redução da oferta de crédito, entre outras posições do cenário político interno (eleições municipais) e externo (eleição presidencial americana), vai fazer com que o desempenho seja menor que 2007 e se compararmos com outros emergentes ou alguns vizinhos da AL em 2008.
Pois bem, fica aqui uma reflexão e uma brincadeira:

Qual sua previsão de crescimento de PIB, Selic, Bovespa e inflação para este ano???

Aqui vai meu palpite: PIB: 4,7%; Selic fecha em 10%, Bovespa acumulará rendimento de 25% e a inflação ficará em torno dos 8%. As respostas devem ser postadas até 29 de fevereiro de 2008.

Boa sorte para todos nós!

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